Publicando
Muitas vezes a emoção se sente em dificuldades. Delimitar os
percursos e dentro deles o caminho escolhido fica tão complicado quanto elaborar
a frase adequada ao pensamento.
Assim foi. Assim é.
Durante três meses entrei na casa delas. Escutei as
conversas. Fiz parte dos temores e conquistas. Confiei nas promessas e participei
das dúvidas. Organizei armários. Separei correspondências.
Acreditei. Desacreditei. Sonhei.
Até me assustei. Quando elas vinham no meio da noite a Racionalidade
vinha junto. Quando surgiam invasivas no
caminho dos trilhos a Memória se fazia impiedosamente requisitada. Ou em algum momento de lazer – a Ordem se recusava a mudar.
Mas fosse a que hora fosse se fora do possível – a Paciência
se fazia autoritária. Espera o dia amanhecer. Quando amanhecia agora espera
mais um pouco. As tarefas da rotina não podem ser canceladas. E até o momento
de me reencontrar com elas e poder expô-las todo um processo de calma e
contenção já estava vivido até a quase exaustão.
Nunca fui tão obediente. Não me lembro de ter sido antes tão
cautelosa.
Mas o convívio com elas e a composição de vida delas assim
o exigia. Como a Vida em si ou fora de si a sabedoria deve estar nas dosagens
e nas reservas.
Já me entendia tão familiarizada com a rotina delas que – ao colocar o ponto final
me senti em Estado de Despedida. Como se voltasse depois de uma viagem para casa.
Elas já não mais precisam de mim. Ficam agora recriadas e
recontadas por outros olhares. E a cada novo olhar, a cada um que escute os
segredinhos revelados nas entrelinhas da narrativa uma roupagem nova as vestirá.
O acesso fica disponível no endereço abaixo. Como uma placa
de aviso. Pode entrar. A casa é sua.
Objetivando: Os textos foram revisados e ampliados – inclusive com capítulo inédito. Caso queira encomendar o seu volume – click no link abaixo